terça-feira, 24 de novembro de 2009

Pequenos Prazeres

São pequenos prazeres.
Estão por toda parte.
É só querer enxergá-los.
Pode ser um banho quentinho, daqueles que aquecem o coração, a água perfumada e a espuma sedosa escorrendo pelo corpo, limpando os vestígios de qualquer tristeza e as migalhas de esquecidas decepções.
Ouvir o canto dos pássaros.
Já no fim da madrugada, timidamente eles começam. É como se chamassem o sol.
É uma verdadeira sinfonia, executada com perfeição por essa orquestra de plumas.
Assistir ao pôr do sol.
Fascinar os olhos com aquela mistura maravilhosa de rosas e laranjas esfumaçados, languidamente desaparecendo no horizonte e o sol, majestoso, se despedindo por mais um dia.
Quando se sentir pesado, carregando o mundo nas costas, olhe para o céu, veja o tamanho do firmamento,veja aquela imensidão negra, onde não há princípio nem fim, então deposite sua carga diante desse gigante e você verá como tudo isso é pequeno.
Aprender a apreciar pequenos prazeres, eternizá-los no coração, senti-los fervendo na pele mesmo depois de esmaecidos pela distância e pelo tempo.
Esta é a lição:
A vida está a nossa volta!
Só precisamos querer vivê-la.
Quantas pequenas grandes coisas perdemos enquanto procuramos por outras que jamais virão.
Quanto tempo precioso perdemos em expectativas que nós mesmos criamos, enquanto a felicidade estava logo ali ao lado, dançando a nossa volta.
É preciso treinar o olhar, aprender a dar valor ao que realmente tem valor, usar com sabedoria o tempo, aproveitando ao máximo cada momento. Não esperar pelo amanhã.
Reaprender a viver, do jeito que for possível, não lutar contra a correnteza, mas aproveitá-la para desembarcar em novos portos.
Ficar atento.
A vida passa rápido, diante de nossos olhos.
É preciso viver sem olhar os ponteiros do relógio.
As páginas do calendário voam sozinhas contra o vento.
Não há volta.
Cada segundo, bem ou mal vivido, no segundo seguinte já será passado.
Não há volta.
A grande lição é aprender que a felicidade esta dentro de nós, nos bons e nos maus momentos, nos dias de incerteza, nas noites intermináveis de solidão. É ela que nos alimenta, a felicidade, que nutre nosso espírito para cada batalha.
O sorriso de calma e esperança, os olhos vidrados de fé, e as doces palavras de coragem que tanta admiração causam naqueles que vêem nossos corpos aprisionados, mutilados ou deformados, nascem exatamente dela, essa mãe maravilhosa que nos sustenta incansável chamada felicidade.
Felicidade...


Não esqueça de ler:

CARTA PARA UM JOVEM PEDRO

(clique aqui para ler)

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