(essa sou eu, com meu marido, em meu primeiro passeio ao Ibirapuera)
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Valeu a pena ter visto os olhares assustados dos que cruzavam por mim?
Valeu a pena o desconforto, a insegurança, o corpo escorregando a cada pedra no chão?
Valeu a pena romper os lacres de proteção e expor toda a fragilidade?
Valeu, valeu a pena, sim.
Ou do contrário não haveria resgatado o sabor do sol deslizando na pele.
Não teria ouvido o vento correndo ao meu lado, perseguindo as folhas douradas espalhadas pelo chão.
Não teria guardados na memória tantos sorrisos, tantos acenos, tantas vozes de incentivo... Não teria sentido o orgulho brotando em meus olhos.
Então, para aqueles que me questionam, respondo agora: Valeu. Valeu a pena. Sempre valerá a pena enquanto a alma não for pequena.
É isso que eu quero para todos: coragem para enfrentar os próprios medos.
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